A seção baiana da Frente Brasil Popular (FBP-BA) promoveu, no último domingo (13/03), um protesto em frente à TV Bahia, afiliada da TV Globo, no bairro da Federação, em Salvador, contra o oligopólio da comunicação e pela democratização da mídia no Brasil. O ato aconteceu paralelamente à manifestação pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no Farol da Barra.
Em frente à emissora, também foi promovido um “coxinhaço”, com a distribuição de coxas de frango aos participantes, em alusão aos apoiadores do impeachment, chamados de “coxinhas”. Nas paredes da TV Bahia, foram feitas inscrições e exibidos cartazes com os dizeres “Golpe nunca Mais”, “Ditadura Nunca Mais”, “Tire suas mãos da Petrobras” e “Globo, pague o que deve; Sonegação também é corrupção”.
Ao fim do protesto, o jornalista Walter Takemoto, integrante da Frente, foi preso ao chegar em casa e denunciou a arbitrariedade da ação da polícia.  Segundo ele, a abordagem foi feita pelo Serviço de Inteligência da Prefeitura – a família do prefeito, ACM Neto, é dona da televisão baiana -, por um homem sem farda que apontou uma pistola na cabeça dele e o conduziu para uma viatura da polícia, que vinha atrás.
“Dentro da viatura, o tenente dizia que eu sabia porque estava sendo preso e repetia: você me desrespeitou! O que ele queria dizer é que na manifestação ele tentou prender uma companheira, segurou e torceu o seu braço, e na hora eu peguei a mão dele e arranquei e a companheira saiu de perto”, acrescentou Takemoto. Ele também contou que o tenente mentiu no depoimento.
Na Central de Flagrantes, o policial omitiu a presença do Serviço de Inteligência na ação, afirmou que o jornalista foi preso em frente à emissora – e não ao chegar em casa – e informou que foram apreendidas latas e tintas e outros objetos dentro do carro do integrante da Frente Brasil Popular. Após o registro da ocorrência, Takemoto foi liberado.