Um levantamento feito a partir dos resultados das eleições em primeiro turno do último domingo (15/11) mostrou que, dos 16 prefeitos/prefeita eleitos pelo PCdoB da Bahia neste ano, a grande maioria é de pessoas autodeclaradas pretas e pardas. Foram eleitos dois prefeitos pretos e dez pardos, soma que forma um total de 12 pessoas não-brancas à frente de prefeituras do estado.

Os dois prefeitos pretos são Tiago Dias (Jacobina) e Professor Tone (Aratuípe). Os pardos são: Enilson da Silva (Campo Alegre de Lourdes), Claudine Nonato (Campo do Alto Alegre), Nilson Rodrigues Maguila (Correntina), Leandro Bergue (Macururé), Dona Nilda (Poções), Marcos Palmeira (Remanso), Emanuel Ferreira (Rodelas), Gildo Mota (Serrolândia), Roberto Venâncio (Tapiramutá) Danillo Sales (Várzea da Roça).

O significativo resultado é fruto de um esforço do PCdoB-BA que teve início ainda durante a construção do projeto eleitoral 2020. Entre os 2182 candidatos e candidatas apresentados pelo do Partido, 1692 se autodeclararam pessoas pretas e pardas, número que corresponde a 80% das candidaturas comunistas, o mesmo percentual de negros e negras entre a população do estado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O incentivo à participação de pessoas negras e indígenas na política é uma bandeira do PCdoB, que atua para fomentar e dar assistência às candidaturas. A Secretaria de Combate ao Racismo do PCdoB-BA, que tem como titular Alex Reis, construiu uma rede para acompanhar e oferecer apoio às pré-candidaturas negras e indígenas no estado, por exemplo.

No cenário nacional, a porcentagem de candidaturas pretas e pardas do PCdoB foi superior à média registrada pelo país, que foi de 49,9%. Das 270 candidaturas do Partido às prefeituras brasileiras, 52,69% se declararam pardas ou pretas; entre as concorrentes a vice-prefeituras, mais de 70% disseram ser pardas ou pretas; e entre os candidatos a vereador, o percentual foi de 67%.